Jimi Tenor é um músico e compositor finlandês. Seu trabalho passa longe dos terrenos da música pop. Entretanto ponderemos: seu conhecimento e experiência esbarrariam bruscamente no arame farpado delimitador cuja principal alcunha parece ser a de manter a obediência dos cordeiros que se alimentam por estas áreas, acomodados com o status quo garantido pelo gênero (salvo raras exceções). Sintetizando, Jimi é um músico cuja produção está além de tendências atuais. Sua música está calcada na música afro-americana, porém ele não se prende à esta, e não hesita em combinar elementos díspares para imprimir seu estilo, complexo mas harmonioso.
Tenor já caminhou pelas vielas do rock industrial nos anos 80, quando instrumentos eram feitos de sucata de metal e plástico. Mais tarde, durante a década de 90 pendeu para a música eletrônica, e não demorou muito para que se aproximasse de suas raízes: 60's, 70's, jazz, soul e o afro-beat.
Incrível é pouco para um registro como Deustch Grammophon Recomposed. Um disco cujo conceito é o rearranjo das composições vanguardistas da gravadora de música clássica Deustche Grammophon. Tenor literalmente as transforma com um perverso toque criativo! O disco pode não soar tão acessível para alguns. Visto que a obra ostenta certa complexidade, exemplificada na infinidade de instrumentos manipulados por Tenor com alguns dos elementos dos originais, além de acrescentar algumas formas de instrumentação, eletrônica, e também acústica, tocada e gravada em seu próprio estúdio.
O disco abre com uma faixa que pode muito bem ser apontada como um dub minuciosamente orquestrado e lisérgico. Logo após o início da segunda canção, o temperamento do álbum parece cair de um precipício conduzindo o ouvinte à uma grande caverna escura pronta para ser desbravada. As faixas por vezes são sombrias, introspectivas, paranóicas. Nos deparamos com as influências afro-americanas na faixa "Six Pianos", que é entoada por um coro de vocais muito bem afinados, embalados por piano, flauta. "Messagesquisse, Tres rapide" combina sem nenhuma crise a música eletrônica com alguns elementos de música clássica (os puristas nessas horas devem arrepiar os cabelos). Vexations, Version 3, soa como uma fusão de trip-hop a lá Portishead (as distorções, o clima) com elementos do jazz-funk de David Axelrod (a flauta e o sax, incrível).
Apesar de atingir resultados de difícil explicação, é um album que soa bem aos ouvidos. Apenas uma ressalva, que mais soa como recomendação: a audição deste disco deve ater-se à ambientes e situações próprias, por tudo que já foi dito anteriormente. Tenham uma boa ouvida.
Tenor já caminhou pelas vielas do rock industrial nos anos 80, quando instrumentos eram feitos de sucata de metal e plástico. Mais tarde, durante a década de 90 pendeu para a música eletrônica, e não demorou muito para que se aproximasse de suas raízes: 60's, 70's, jazz, soul e o afro-beat.
Incrível é pouco para um registro como Deustch Grammophon Recomposed. Um disco cujo conceito é o rearranjo das composições vanguardistas da gravadora de música clássica Deustche Grammophon. Tenor literalmente as transforma com um perverso toque criativo! O disco pode não soar tão acessível para alguns. Visto que a obra ostenta certa complexidade, exemplificada na infinidade de instrumentos manipulados por Tenor com alguns dos elementos dos originais, além de acrescentar algumas formas de instrumentação, eletrônica, e também acústica, tocada e gravada em seu próprio estúdio.
O disco abre com uma faixa que pode muito bem ser apontada como um dub minuciosamente orquestrado e lisérgico. Logo após o início da segunda canção, o temperamento do álbum parece cair de um precipício conduzindo o ouvinte à uma grande caverna escura pronta para ser desbravada. As faixas por vezes são sombrias, introspectivas, paranóicas. Nos deparamos com as influências afro-americanas na faixa "Six Pianos", que é entoada por um coro de vocais muito bem afinados, embalados por piano, flauta. "Messagesquisse, Tres rapide" combina sem nenhuma crise a música eletrônica com alguns elementos de música clássica (os puristas nessas horas devem arrepiar os cabelos). Vexations, Version 3, soa como uma fusão de trip-hop a lá Portishead (as distorções, o clima) com elementos do jazz-funk de David Axelrod (a flauta e o sax, incrível).
Apesar de atingir resultados de difícil explicação, é um album que soa bem aos ouvidos. Apenas uma ressalva, que mais soa como recomendação: a audição deste disco deve ater-se à ambientes e situações próprias, por tudo que já foi dito anteriormente. Tenham uma boa ouvida.
Dê o play, macaco!
"[2006] Deutsche Grammophon Recomposed"
senha: oficinademacacos.blogspot.com
1. Steve Reich - Music For Mallet Instruments, Voices And Organ (6:29)
2. Esa-Pekka Salonen - Wing On Wing (5:32)
3. Pierre Boulez - Répons (Section 1) (3:15)
4. Erik Satie - Vexations (Version 1) (1:33)
5. Edgard Var se - Déserts (5:45)
6. Nikolai Rimsky-Korsakov - 1º Largo (3:24)
7. Erik Satie - Vexations (Version 2) (3:11)
8. Steve Reich - Six Pianos (5:37)
9. Pierre Boulez - Très Rapide (3:56)
10. Edgard Varèse - Ionisation (6:17)
11. Erik Satie - Vexations (Version 3) (3:49)
12. Georgi Sviridov - 3º Choral (4:30)