MARCELO YUKA: CANÇÕES PARA DEPOIS DO ÓDIO

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“Outro título chegou a ser cogitado: “O íntimo versus o que intimida”, verso da faixa “Até você”, uma paisagem sonora enfumaçada que lembra as vibrações mais assustadoras de Tricky. Venceu o título que se posiciona, já de cara, como declaração de princípios e de fins”... ““Canções Para Depois do Ódio” não é um álbum de canções bobo-alegres – e nunca poderia ser, em se tratando de Yuka –, mas é sonoramente mais arejado, mais climático, mais variado. Enfim, é mais.”, diz Arthur Dapieve para o site Visto Livre.

“Encarar o amor como uma inteligência e não como um compartimento a ser dividido com alguém, mas como uma maneira de ver as coisas, seja totalmente utópico”, diz Marcelo Yuka na campanha de um site de financiamento coletivo na busca de recursos para finalização de seu primeiro disco solo: “Canções para depois do ódio”. A campanha deu certo e o disco foi lançado no dia 06 de janeiro passado.

O site de Yuka diz que ele é reconhecido por muitos como o maior letrista da música brasileira contemporânea, esgarçando os limites da música pop, fazendo a mensagem mais forte e poderosa que a música com suas melodias e ritmos. Amigos poetas dizem que ele tem os versos mais potentes e contundentes de tempos recentes, como: “todo camburão tem um pouco de navio negreiro” e "paz sem voz não é paz, é medo".

“Nas 16 faixas autorais, fala de protestos, bombas, do Maracanã e da depressão que viveu após ficar paraplégico depois de ser baleado ao tentar impedir um assalto no Rio, em 2000. As letras são combinadas a uma sonoridade que mescla batidas eletrônicas e ritmos afro, fruto da parceria com o produtor e DJ Apollo 9. Céu, Seu Jorge, Cibelle, Bukassa Kabengele e outros emprestam suas vozes às músicas”, diz matéria de jornal de grande circulação.

Sendo poeta, artista plástico, ele se inconforma com a aceitação de Trump, Bolsonaro e com as cercas visiveis e invisiveis erguidas na Europa. Se inconforma com esse momento de ódio que vive o mundo e se permite a utopia do amor como maior ideologia e ato político. Assim, como já ter se candidatado a vice-prefeito do Rio de Janeiro em 2012, pois o ativismo social é tão ou mais importante que seu lado artístico.

Buscando pelos sons da infância na memória, o resultado traz um mistura de terreiros e batidas eletrônicas embaladas por letras sutis, mas pontiagudas como lanças. O disco traz diversas participações especiais como: Marisa Monte, Seu Jorge, Leticia Sabatella, Jorge Benjor, Laudir de Oliveira, Céu, entre outros tantos amigos. Um disco que precisa ser ouvido. Num cenário onde música está muito mais associada a entretenimento e coreografias, “Canções para depois do ódio” é um bom contraponto, diz a campanha de financiamento coletivo.



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1.O Dia em Que o Homem Se Cansa (feat. Barbara Mendes & Bukassa Kabengele) Marcelo Yuka 3:48
2.Assim é a Água (feat. Bukassa Kabengele) Marcelo Yuka 4:12
3.Movimento da Massa (feat. Bukassa Kabengele) Marcelo Yuka 3:15
4.Por Pouco (feat. Céu) Marcelo Yuka 4:08
5.Myto (feat. Bukassa Kabengele) Marcelo Yuka 3:15
6.Agora Nesse Momento (feat. Cibelle) Marcelo Yuka 5:09
7.Confusão (feat. Barbara Mendes & Bukassa Kabengele) Marcelo Yuka 4:07
8.Até Você (feat. Barbara Mendes & Bukassa Kabengele) Marcelo Yuka 4:23
9.Dali (feat. Bukassa Kabengele & Black Alien) Marcelo Yuka 3:41
10.A Carga (feat. Bukassa Kabengele & Vick Lucato) Marcelo Yuka 4:13
11.Um Minuto Antes do Fim (feat. Cibelle & Fellipe Mesquita) Marcelo Yuka 5:18
12.Memórias Artesanais (feat. Bukassa Kabengele) Marcelo Yuka 3:45
13.A Tempestade (feat. Vick Lucato, Barbara Mendes, Bukassa Kabengele & Fellipe Mesquita) Marcelo Yuka 3:22
14.Cortejo Milenar (feat. Bukassa Kabengele, Fellipe Mesquita & Seu Jorge) Marcelo Yuka 4:24
15.Cidade do Amparo (feat. Vick Lucato & Fellipe Mesquita) Marcelo Yuka 4:00
16.Algo Mais Explícito (feat. Bukassa Kabengele, Rico, Barbara Mendes & Victoria Lucato) Marcelo Yuka 5:52

Salve Antonio Carlos Nicolau, 44, com formação em TI, é produtor cultural. Suas primeiras impressões musicais estão entre 1980 e 84 por meio de especiais de TV para crianças (A arca de Noé I e II, Pirlimpimpim, Pluct Plact Zuum). Em 1985, assistiu, também pela TV, o Rock in Rio e logo teve o primeiro LP do Iron Maiden em suas mãos. Desde então vem de sentidos abertos a quase tudo e todos.

 
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